No Brasil é onde são encontradas as mais belas Pedras Preciosas, com muitas variedades de cores, beleza, raridade e valor.
9 Pedras Brasileiras Que Valem Milhões. Diversos tipos de pedras preciosas — ou as “gemas”, como também são conhecidas — existem ao redor do mundo. Uma delas, o diamante, chega aos montes de países como Rússia, Botswana e Canadá, respectivamente os três países que mais produzem a gema.
E ao contrário do que se possa imaginar, o Brasil não fica muito atrás. Ostentando o título de maior produtor da América do Sul, é possível encontrar 90 modelos de pedras preciosas em território brasileiro.
Diante de toda essa diversidade, alguns tipos se destacam. Como é o caso das esmeraldas, que podem enfeitar anéis, pulseiras e brincos de prata, por exemplo.
Outra pedra famosa entre os brasileiros é a ametista, que ganhou fama com a novela “O Astro”. A pedra é abundante no estado do Rio Grande do Sul, o maior produtor do mundo.
Veja, a seguir, pedras mais comuns no Brasil:
- Ágata;
- Granada;
- Água-marinha;
- Turmalina;
- Citrino.
Qual estado do Brasil tem mais Pedras Preciosas?
Historicamente, Minas Gerais é conhecido por seu solo recheado de riquezas, contendo vários tipos de pedras preciosas. Estima-se que a descoberta das primeiras jazidas aconteceu em 1554.
Minas é o berço dos diamantes no Brasil, que são minerados no estado desde o século XVII. Atualmente, a região abriga os principais centros de mineração de rubelita, topázio, turmalina e água-marinha.
Outros lugares do país também se destacam pela produção de gemas. Como é o caso do Rio Grande do Sul, estado abundante em quartzo, com destaque para a ágata e a pedra ametista.
O Nordeste é bem representado pela Bahia, que oferece diamantes, esmeraldas, ametistas e citrinos. Enquanto isso, Tocantins, Goiás, Pará são os estados com mais pedras preciosas nas regiões Norte e Centro-Oeste.
Como e onde elas são extraídas?
Segundo o estudo Geografia das Pedras Preciosas no Brasil, grande parte da produção é feita por pequenas empresas de mineração e garimpeiros. O trabalho do garimpo acontece em grutas, cavernas, rochas a céu aberto, em aluviões.
Vale citar que existem vários métodos para extrair substâncias naturais inorgânicas.
As escavações são realizadas de duas maneiras: industrial ou manual. A primeira é exercida por empresas. O auxílio de maquinários específicos acelera e facilita a descoberta de preciosidades.
Já a extração manual é mais lenta e perigosa. Afinal, os garimpeiros não dispõem dos mesmos recursos das grandes companhias. Muitas pessoas colocam a vida em risco escavando jazidas atrás das pedras preciosas brasileiras.
9 dessas gemas chamam a atenção pela sua beleza, raridade e, claro, pelo valor. Alguns tipos podem custar milhões de reais.
1. Turmalina Paraíba
Como já citado, a turmalina é comum no país. Mas a turmalina Paraíba é um tipo raríssimo e extremamente caro.
A autêntica pedra, com teor de cobre acima de 2%, é encontrada apenas na Paraíba e em na África. Segundo relatos, a primeira gema foi descoberta no ano de 1982, na Paraíba, e se tornou notícia internacional.
No que diz respeito às características, ela possui tom turquesa, que se transforma em azul neon quando reluz. A beleza chama a atenção de joalherias mundialmente conhecidas, como H Stern, Tiffany e Dior.
Em média, o preço do quilate (200 mg) vale 30 mil dólares. Conforme a qualidade da pedra, algumas chegam a valer até 100 mil dólares.
2. Esmeralda
Muito conhecida pelos brasileiros, as esmeraldas são verdes, com tons médios e escuros, e translúcidas. Para que ela seja considerada esmeralda, e não berilo, deve conter mais de 0,1% de ácido cromo.
As primeiras minas surgiram no Egito Antigo, onde eram as pedras mais desejadas e cobiçadas da época. Até hoje, milhões de pessoas têm fascínio por objetos elaborados com esmeraldas.
Entre os maiores produtores do mundo, destacam-se Tanzânia, Zimbábue, Madagascar e Colômbia. O Brasil também é um grande fornecedor, com grande parte das jazidas concentradas na Bahia, Goiás e Minas Gerais, estados que lideram a produção brasileira.
O preço depende das particularidades de cada pedra. Por exemplo: gemas de alta qualidade, contendo entre 5 e 8 quilates, podem atingir 5.600 dólares por quilate.
Por outro lado, o quilate de gemas inferiores parte de 100 dólares até 580 dólares.
3. Rubelita
A palavra rubelita é derivada do latim “rubellus”, e quer dizer avermelhada em português. Trata-se de uma variedade de turmalina, que já foi citada anteriormente.
A cor única das pedras rubelitas é o seu grande atrativo. Basicamente, a intensidade do vermelho é o que define o preço.
Elas estão presentes no Brasil, Paquistão e em certos países do continente africano, como Nigéria, Madagascar e Moçambique.
Rubelitas podem acompanhar vários tipos de acessórios, incluindo brincos de prata, pingentes, colares e anéis.
4. Topázio imperial
A relação não poderia ficar sem a presença do topázio imperial. Existe uma curiosa lenda relacionando o nome da pedra com Dom Pedro I. A história afirma que o monarca ficou encantado com a beleza da pedra preciosa.
Atualmente, o Brasil é referência mundial na produção dessa variedade de topázio, sendo o único produtor.
As jazidas estão em Ouro Preto, histórica cidade mineira responsável por produzir topázios de muitas cores: laranja, amarela, rosa e lilás. Vale destacar que o preço do quilate do topázio imperial pode atingir até 2 mil dólares.
5. Citrino
Os tons quentes, variando de laranja a amarelo, são características do citrino que atraem os amantes de pedras preciosas. A cor é resultado da junção entre manganês e titânio, dois elementos presentes na composição.
Membro da família do quartzo, o citrino está disponível em países latino-americanos e em território brasileiro. Os extraídos por aqui são considerados superiores, se comparados com os demais.
6. Opala
Conhecida por exibir várias cores ao mesmo tempo, numa espécie de arco-íris, a opala é composta por óxido de silício e de 3% a 21% de água. A classificação é feita da seguinte maneira: opalas brancas e opalas negras. As escuras são consideradas raras e valiosas.
A Austrália lidera a lista de produtores mundiais, sendo responsável por mais de 90% das opalas comercializadas. A relação também possui Índia, Estados Unidos, Nova Zelândia e México.
O Brasil não produz em larga escala, mas possui jazidas espalhadas pelos estados do Piauí, Rio Grande do Sul, Ceará e Bahia. A mais famosa, em Pedro II-PI, teve apenas 10% de suas opalas extraídas, segundo pesquisadores.
7. Safira
Proveniente do mineral coríndon, a safira é uma das pedras mais conhecidas. Geralmente extraída de mármores, pegmatitos e basaltos, ela pode ter quase qualquer cor, mas a azul é tida como a mais rara. O preço do quilate é de até 12 mil dólares.
O Museu Americano de História Natural de Nova Iorque é a casa da maior safira de todas: a Estrela da índia, de incríveis 563 quilates. E é na Índia o local com as melhores gemas do mundo. Porém, o Sri Lanka é o principal produtor.
É incomum extrair safiras no Brasil, mas podem ser encontradas em alguns estados, como Minas Gerais, Mato Grosso, Goiás e Santa Catarina.
8. Rubi
Da mesma maneira que a safira, o rubi também é derivado do coríndon. A diferença entre as duas é a cor, pois todo rubi é vermelho e as safiras são de qualquer outra coloração. Em estado bruto, a gema pode formar cristais no formato hexagonal.
As pedras de qualidade superior formadas no Vietnã, Tailândia e Mianmar, com 4 a 5 quilates, chegam a custar cerca de 28 mil dólares a 40 mil dólares a cada quilate. Além dos citados, Índia, Rússia e China também exportam boas gemas.
Assim como a safira, os rubis são raríssimos no Brasil, presentes em poucas quantidades nos estados de Santa Catarina e Bahia.
9. Diamante
A lista não poderia ficar completa sem a presença dos diamantes. A gema é muito cobiçada e, consequentemente, uma das mais caras. A grande parcela, cerca de 99,9%, é incolor ou ligeiramente amarelada.
Os diamantes também têm fama por ser a substância mais dura existente, atingindo 10 de dureza na Escala de Mohs. Em lugares como a África do Sul, eles ocorrem nas rochas kimberlito.
Enquanto isso, no Brasil, podem ser encontradas em eluviões e aluviões. Aliás, o país produz aproximadamente 1 milhão de quilates anualmente. Os centros de mineração estão localizados no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Roraima e Minas Gerais.
O valor do diamante bruto varia com frequência, podendo valer até 2,9 mil dólares em peças de 5,60 quilates. Uma vez lapidado, o preço aumenta expressivamente, chegando a 63 mil dólares a cada quilate.